Cena Agora Humor — O Riso Como Antídoto [semana 1]

Tudo, Menos Uma Crítica
13 min readSep 1, 2021

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[ este texto reflexivo se refere à primeira semana da programação Cena Agora Humor — O Riso Como Antídoto, promovida pelo Itaú Cultural. O Tudo, Menos Uma Crítica foi convidado a assistir a esta programação e escrever duas respostas críticas, a serem publicadas nas semanas dos dias 1 e 8 de setembro. A programação completa do Cena Agora, bem como os textos de outros críticos, podem ser conferidas aqui ]

Oi.

Meu nome é Fernando, e eu conheço um monte de piada de viado.

Vou reformular: Oi, meu nome é Fernando e já me contaram um monte de piada de viado onde eu era a punchline.

Ao longo da vida, fui aprendendo o que era risível, o que era digno de chacota, o que merecia ser alvo de escárnio. Fui aprendendo o que era ridículo e o que podia ser usado para ridicularizar.

O humor, eu aprendi (e você já deve saber disso a essa altura da vida), é também uma ferramenta de aproximação e de distanciamento, capaz de criar um “nós” e um “eles”. É capaz de reunir os amigos ao redor de algo — mas é também um modo ser cercado e encurralado, simbolicamente, ou como preliminar para ser cercado e encurralado fisicamente.

Quantas vezes o riso foi uma autorização para a violência seguinte? Quantas vezes o riso não dessensibilizou quem ria e não desumanizou quem era o alvo da piada? “Alvo”, aliás, me parece ser um termo válido nessa correlação entre humor e violência.

Me conta as piadas que você sabe?

Me conta quantas vezes você esteve do lado divertido da piada, e quantas vezes você esteve do lado dolorido dela?

***

Em sua terceira edição, o Cena Agora incorpora o eixo temático Humor — O Riso Como Antídoto e pergunta como, por quê e de quê rir em momentos trágicos com os que vivemos. Qual lugar o humor e o riso ocupam em nossas vidas? Quem ri, e de quê ri? Quais risos são possíveis, o que eles articulam, quais propostas de futuro eles apresentam?

“Futuro”, sobretudo, é o termo que mais ficou na minha cabeça, nestes primeiros quatro dias deste ciclo. Ao longo da primeira metade da programação, Dagoberto Feliz, Esio Magalhães, Bete Dorgam, Letícia Rodrigues, Isabella Mariotto, Julia Burnier, Marcos Oli, Érica Ribeiro, Walmick de Holanda, Ivan Mesquita, Galba Gogóia, Thamirys Borsan e Adalberto Neto se debruçaram sobre este tema, de um jeito ou outro, direta ou indiretamente.

Veja: ao criarmos a partir da perspectiva de que o riso é um antídoto, acreditamos então que há salvação, há esperança. Quando pensamos que o humor é algo que pode dissipar o mal-estar atual (individual e coletivo), acreditamos então que o mal-estar é passageiro e não crônico, e acreditamos que o bem-estar virá em breve.

Mais do que isso: nos comprometemos com o bem que virá.

Quando Letícia Rodrigues, em sua cena — e em todo seu projeto @fracassadaatriz — , nos faz rir dos absurdos aos quais artistas são submetidos/as/es no mercado audiovisual, não há entreguismo no seu humor, mas há vontade de expor o ridículo, o revoltante, o inadmissível e, a partir do riso (de reconhecimento, mas também de insatisfação), transformar. A partir do riso, une pessoas tão revoltadas quanto ela e reforça que certas práticas são tão risíveis, tão merecedoras de escárnio, que nunca mais deverão ser repetidas.

Quando a Quarentena Filmes nos reconta Macbeth através de miniaturas de Funko Pop, nos faz perceber a história por uma outra ótica, menos trágica. E, assim, não menospreza ou diminui os seus horrores, mas os redimensiona. Ao mostrar a tirania personificada num Thanos risível, literalmente um brinquedo, mostra suas fragilidades e pequenez. Ora, se o humor pode ser usado como arma contra adversários, se pode movimentar maquinações políticas, manter reis e tiranos no poder, então pode também destroná-los. Pode fazer a floresta se mover.

Quando Galba Gogóia imagina uma nação com uma presidente travesti, e nos faz rir da transfobia inadmissível que ainda existe, em pleno 2021, ela arquiteta também um futuro outro, planta sementes de um futuro melhor, que há de vir.

Estas cenas — para falar de apenas três — renovam e alargam nossos imaginários, esta coleção de imagens que ocupa nossa mente e através da qual organizamos e compreendemos o mundo ao nosso redor. E, ao ampliar este nosso repertório, fazem com que novas organizações e compreensões de mundo sejam possíveis. Possibilitam que novos mundos surjam.

Quando foi a última vez que o seu riso continha também um projeto de futuro?

***

Sendo muito honesto, ando tendo muita dificuldade de rir nos últimos tempos. Você também?

Os últimos meses têm sido um convite a deprimir, entristecer, cair numa inação apática e melancólica. Em tempos assim, rir me parece ainda mais essencial. Rir com os amigos e familiares (e nós sabemos o poder de cura que rir com quem amamos tem), rir de memes na Internet e vídeos de cachorros fofos… Estes oásis no meio da tragédia recorrente nos ajudam a voltar ao eixo, retomar o prumo, negar os convites à tristeza e à doença.

O humor também tem esse poder: nos oferece fôlego quando perigamos afogar. Quando pensamos no humor como antídoto e como projeto de futuro, também pensamos nisso: no humor como bálsamo que nos impede de adoecer e tombar, no humor que nos energiza para que possamos encarar o presente e, encarando ele, vislumbrar no horizonte o futuro melhor que chegará.

No debate pós-apresentações do domingo, 29 de agosto, discutimos os processos criativos e inspirações de Galba, Thamirys Borsan e Adalberto Neto. Não falamos sobre “os limites do humor”, mas sim sobre a matéria bruta da arte destas pessoas, o que lhes motiva e quais tópicos não lhes interessam.

Uma resposta foi recorrente: não usar o humor para repetir arquétipos preconceituosos, ou para reforçar estereótipos. É necessário usar o humor para desmontar o mito da história única e para apresentar narrativas plurais, para contar sobre outras existências possíveis para além daquelas que existem no imaginário limitado abastecido pelos clichês caricaturais.

Também há o acordo de não fazer piada sobre si e suas histórias. E isso não significa não saber rir de si mesmos/mesmas/mesmes, mas sim não se transformar em piada em troca do aplauso do outro. Não se ferir em prol do riso alheio (que servirá para ferir outras pessoas, no futuro).

Em seu show Nanette (disponível na Netflix), Hannah Gadsby conta porque abandonaria o stand-up, após anos usando seus traumas e cicatrizes como material de trabalho. No processo de Gadsby, rir com ela e rir dela acabavam se tornando a mesma coisa, e usar suas feridas como punchline só servia para mantê-las abertas e sangrando. Assim, o que proporia dali em diante seria um tipo de humor que curasse suas próprias dores e a das outras pessoas. Um humor onde não fizesse piada das violências homofóbicas que sofrera na juventude e vida adulta, mas que impedisse que essa violência acontecesse de novo.

Existe esse humor, e me parece que é dele que falávamos no domingo, que não enfia os dedos nas próprias chagas e escreve as piadas com o próprio sangue, mas que trabalha para curar as dores, reconciliar o passado, ressignificar as histórias — não de modo submisso, entreguista, apaziguador, mas alquímico.

É um humor menos aberto, com um tipo diferente de risada, que nos faz olhar com simpatia no espelho e sorrir com para quem nos olha de volta. Um humor que nos ensina a ter orgulho de quem somos, e de quem está no nosso corre conosco.

No meu caso, depois de todas as piadas de viado (e, você sabe, são muitas) aprendi que não há nada de vexatório em ser quem sou, mas sim que ser viado é uma força criativa poderosa, que merece não o riso do escárnio, mas o sorriso celebratório do orgulho.

E assim, ressignificamos o passado, fincamos os pés firmemente no presente, recusamos todos os convites a cair, tombar, entristecer, paralisar, esconder, temer, sentir vergonha, deprimir. Assim, aproveitamos o poder gregário do humor e do riso (que é transmissível, você sabe, e devemos nos aproveitar disso) e nos unimos a outras pessoas, comungamos uma alegria muito específica e poderosa, que celebra, fortalece e energiza, que acolhe e ensina que as possibilidades de presentes e futuros são múltiplas.

Sorrir.

Mostrar os dentes para o futuro.

E cravar os dentes nele, se necessário.

[[ Cena Agora Humor — O Riso Como Antídoto ]]

26 de agosto, quinta-feira, 20h

*Espetáculo A Arte de Representação ou Como ser Verdadeiro Mentindo e Vice-versa*
Com Bete Dorgam, Dagoberto Feliz e Esio Magalhães. Ao vivo / online (SP)

Palestra proferida pelos especialistas em tudo Dr. D. Pendy, Zabobrim e Elizabeth de Queen, abordando temas complexos e profundos sobre a representação, a mentira, a verdade e vice-versa.

Ficha técnica:
Palestrantes: Zabobrim (Esio Magalhães), Dr. D. Pendy (Dagoberto Feliz) e Elizabeth de Queen (Bete Dorgam)
Criação e direção coletiva

27 de agosto, sexta-feira, 20h

*Consultório Virtual*
Com Marcos Oli (SP)

Um dentista frustrado com seu momento profissional afetado pela pandemia, entra em uma consulta online com uma terapeuta em busca de saídas para seu momento de depressão, falta de energia e motivação. O que a princípio parece ser uma consulta terapêutica padrão, torna-se uma sessão de coach de influência digital quando o homem é diagnosticado com a síndrome do não-influenciador — síndrome que acontece quando o indivíduo percebe que, se ele não é relevante no mundo virtual, não é relevante no mundo real também. A partir daí, o paciente é aconselhado a usar estratégias de engajamento virtual, como dancinhas do tiktok e vídeos cômicos no reels, para impulsionar sua carreira de dentista.

Ficha técnica:
Roteiro: Marcos Oli e Gabriela Gonzalez
Edição: Marcos Oli
Legendas: Bia Algranti

*O Teste*
Com Letícia Rodrigues | Fracassada Atriz (SP)

Muito se espera que a profissão de atriz seja repleta de mimos, luxos e reconhecimentos bonitos. No entanto, a realidade de artistas da cena no Brasil é um tanto quanto diferente. Todo dia um artista se levanta com a esperança de que algo existirá para encher seu coração, como aquela primeira vez que viu um espetáculo de teatro e pensou “É isso que quero fazer da minha vida!”. Mas a realidade é que somos muitos que encontraram o fracasso e, com isso, a possibilidade de existir. Esse vídeo mostra uma atriz indo fazer um teste pela primeira vez na vida, suas expectativas e as peripécias que existem no mundo dos testes

Ficha técnica:
Concepção, roteiro, atuação, montagem e edição Letícia Rodrigues
Direção de fotografia e câmera Maria Luiza Graner

*Por Favor, Não Ria — a true story*
Com A Vida de Tina (SP)

Em uma sociedade distópica, rir é proibido. Nesse documentário investigativo, Tina sai em busca de histórias e depoimentos que remontam à época em que o riso era permitido e acaba descobrindo estratégias de resistência ao atual regime.

Ficha técnica:
Direção e roteiro: Isabela Mariotto e Júlia Burnier
Atuação: Isabela Mariotto
Dublagem: Júlia Burnier
Edição: Júlia Burnier

28 de agosto, sábado, 20h

*A História de Glauber Rocha na Versão do Cêro*
Com Ivan Mesquita (BA)

O vídeo retrata passagens da vida de Glauber Rocha, em um tom descontraído e bem humorado.

Ficha técnica:
Criação e roteiro: Ivan Mesquita
Ator: Ivan Mesquita
Edição: Rairone Pachú
Crédito de imagem de divulgação: Mare Luna Femiani

*MACBETH — a peça brasileira escocesa de William Shakespeare*
Com Quarentena Filmes/Walmick de Holanda (CE/SP)

MACBETH — a peça brasileira escocesa de William Shakespeare é o décimo segundo curta-metragem do projeto Quarentena Filmes, do ator Walmick de Holanda. Nesta adaptação da obra shakespeariana, bonecos colecionáveis da cultura pop contam de forma bem humorada a história de Macbeth, um general do exército escocês que, ao encontrar três bruxas, recebe a profecia de que um dia será rei. Cheio de ambição e encorajado por sua esposa, Lady Macbeth, ele assassina o Rei Duncan, e assume o trono. Atormentado pela culpa, Macbeth se transforma em um rei tirano e cruel. Qualquer semelhança com a atualidade brasileira não é mera coincidência.

Ficha técnica:
A partir da obra Macbeth, de William Shakespeare
Roteiro adaptado, direção e edição: Walmick de Holanda
Com vozes de: Ailton Guedes, Ana Nehan, Danilo Martim, Lucas Sancho, Marisa Bezerra, Raissa Starepravo, Rodrigo Risone, Simone Évanz e Walmick de Holanda

*Eu tô bem! Eu tô bem?*
Com Érica Ribeiro (SP)

Uma síntese risível das tristezas atuais. Baseada na simples e automática pergunta “Você está bem?” e no despreparo e fragilidade de uma resposta sincera em meio ao caos de uma realidade pandêmica acumulativa que muitas vezes depois do choro nos faz rir.

Ficha técnica:
Equipe Técnica: Érica Ribeiro

29 de agosto, domingo, 19h

*A Influência do Mal*
Com Adalberto Neto (RJ)

Neide e Netinho recebem a visita de Quérolin, uma parente que não os procurava há mais de cinco anos, para passar 15 dias, alegando saudades. Entretanto, a moça, que trabalha como influenciadora digital, é desmascarada durante a gravação de um vídeo, em que explica para os seus fãs, que só tinha ido passar uma temporada fora de casa, porque tinha contraído a Covid-19 e não queria contaminar seus pais.

Ficha técnica:
Com Adalberto Neto e Neide Monteiro

*Inquérito 2022*
Com Thamirys Borsan (RJ)

Um réu presta esclarecimentos sobre assassinatos em série dos quais é acusado, mas aponta outro culpado.

*Travestis no Comando da Nação*
Com Galba Gogóia (PE/RJ)

Pela primeira vez na história, uma travesti está no comando da nação. Em seu discurso de posse, a nova presidenta do Brasil, Galba Gogóia, assume o compromisso com o fim do Cistema.

Ficha técnica:
Direção Galba Gogóia e Gustavo Wanderley
Roteiro Galba Gogóia

2 de setembro, quinta-feira, 20h

*Faz-me Rir no Foguete das 10 Graças*

Com As 10 Graças (CE)

Vinde a nós povo errante e façamos o mundo sorrir. Nesta nova fase, o grupo As 10 Graças quer todos juntos com eles, construindo, empreendendo e caminhando lado a lado, para assim prosperar e alcançar glórias inimagináveis. Que se faça acontecer o desejo, vencendo todo e qualquer tipo de dificuldades. A cada porta que se fecha, existe um mundo que se abre. Que as oportunidades sejam abraçadas, pois para o foguete o céu não é o limite.

Ficha técnica:
Roteiro e Direção: Grupo As 10 Graças de Palhaçaria
Elenco: Alysson Lemos, David Santos, Edivaldo Ferrer, Igor Cândido, Lissa Cavalcante, Rayane Mendes
Fotografia: Lissa Cavalcante e As 10 Graças
Montagem e Finalização: Igor Cândido

*Julia: não é fácil ter pernas*
Com Cirquinho do Revirado (SC)

Júlia, uma mulher das ruas, vem chegando. Palheta, seu fiel escudeiro, é quem a conduz. Na bagagem, coisas do mundo, coisas da vida, tantas coisas. Entre realidade e ilusão há uma linha muito tênue, onde uma mulher sem pernas seria capaz de rodopiar. Seria capaz, mas é impedida há um ano e meio por conta da pandemia de coronavírus.

Esta dupla errante gira o mundo ou é o mundo quem os gira? Há giro para esses seres?

Excluídos pelos excluídos, dizendo-se donos dos restos de um circo incendiado, Júlia e Palheta peregrinam procurando por plateia. Palheta insiste que “Não é fácil ter pernas!”

Sem ter para quem se apresentar, Julia e Palheta estão em busca de um lugar ou de um não-lugar onde eles possam continuar existindo um dia de cada vez. E na higienização pra cada vez repelir mais o vírus, o que mais repele na pele de Julia e palheta? O que é um vírus pra quem já é micróbio?

Ficha técnica:
Elenco: Yonara Marques (Julia) e Reveraldo Joaquim (Palheta)
Captação de imagens e edição: Fabio Murillo Justino
Roteiro: O Grupo
Captação de imagens: Ana Paula Bertolina
Técnica: Marcelo Ciepielewski, Marcella Marques.
Captação de imagem via Drone: Danilo Anastácio

3 de setembro, sexta-feira, 20h

*O Contrato*
Com Las Cabaças (PA)

Bifi e Quinan se reencontram depois de longo tempo. Bifi está feliz, pois recebeu a proposta de um “irrecusável” negócio: a compra de um terreno na Floresta Amazônica. Quinan fica indignada, pois essas terras já têm dono. Entre diálogos nonsenses e pitadas de ironia, as duas decidem assinar um contrato. Inspiradas num diálogo de Chico e Groucho Marx, as duas palhaças tentam entender o que está escrito neste contrato.

Ficha técnica:
Concepção e atuação: Juliana Balsalobre e Marina Quinan
Filmagem e edição: Israel Campos

*Valdorf Desabafa*
Com Aline Marques (RS)

O menino Valdorf faz um desabafo sobre suas experiências nesta nova fase da pandemia. Ele recapitula um importante momento de sua carreira (?) de cientista amador, bem como algumas etapas vividas durante suas aulas remotas.

Ficha técnica:
Atuação, criação, direção e edição: Aline Marques
Filmagem: Gilmar Barcarol
Fotografia: Pulp Fotografia e Lana Pinho

4 de setembro, sábado, 20h

*Lais e Pete*
Com Coletivo Arame Farpado (RJ)

Nessa série brasileira produzida pelo Coletivo Arame Farpado, a história narra a busca de uma atriz-negra-bissexual e de um ator-negro-gay da periferia por um senso de identidade cultural dentro do audiovisual predominantemente hétero-branco-rico. A série surge a partir das memórias de Peterson Oliveira, um ex-obreiro da Igreja Universal, responsável pelo grupo Isaac, e de Lais Lage, uma ex-presidente da juventude Shekinah, da Assembleia de Deus. #mandajobs

Ficha técnica:
Direção: João Pedro Zabeti e Phellipe Azevedo
Roteiro: João Pedro Zabeti, Lais Lage, Lidiane Oliveira, Peterson Oliveira e Phellipe Azevedo
Elenco: Lais Lage e Peterson Oliveira
Edição: Luan de Almeida

*Entrenós*
Com Trupe Lona Preta (SP)

Os palhaços estão em crise. Os poderosos cantam aos quatro ventos sua liberdade. Diante da guerra cotidiana da reprodução da vida, uma questão emerge: quem é o inimigo?

Ficha técnica:
Criação: Trupe Lona Preta
Direção: Sergio Carozzi
Elenco: Alexandre Matos, Henrique Alonso, Joel Carozzi, Sergio Carozzi e Wellington Bernado

5 de setembro, domingo, 19h

*BALD&AÇÃO*
Com Mulher Barbada & Deidiane Piaf (CE)

Dois homens, duas drags, várias perucas, saltos e calcinhas. Cenas e mais cenas de puro deboche, politicagem, dublagens e caricatismo a rolar pelo feed. A vida que se arrasta pra cima na velocidade do meme. O desafio de ser artista e brasileiro, check!

Ficha técnica:
Direção: Rodrigo Ferrera
Elenco: Deydianne Piaf e Mulher Barbada
Dramaturgia: Rodrigo Ferrera e Denis Lacerda
Interlocução cênica: Letícia Rodrigues
Assistência de direção: Renata Monte
Produção Executiva: Luana Caiubi | Peixe-Mulher
Produção: Luana Caiubi e Renata Monte | Peixe-Mulher
Iluminação: Luana Caiubi
Edição de vídeos: Rodrigo Ferrera e Renata Monte
Assessoria de Imprensa: Renata Monte | Peixe-Mulher
Projeto gráfico: Rodrigo Ferrera e Renata Monte

*Chá de Revelação*
Com Circo di SóLadies (SP)

Um momento tão esperado na vida de tantas pessoas: o nascimento de uma criança! Quantas expectativas são criadas nesse momento? Rosa ou azul? Augustine vivencia momentos de transformação diante dos estereótipos de gênero impostos a si pela sociedade. Aguarde para ver uma cena épica de reflexão sobre a existência.

Ficha técnica:
Realização e Criação: Circo di SóLadies
Elenco: Kelly Lima (Palhaça Greice), Tatá Oliveira (Palhace Augustine) e Verônica Mello (Palhaça Úrsula)
Roteiro: Circo di SóLadies
Consultoria de roteiro: Lui Castanho
Direção Musical da Música Cor de Arco-íris: Tetê Purezempla
Paródia da Música I Will Survive: Circo di SóLadies
Câmera-Woman: Lays Somogyi
Edição do Vídeo: Lays Somogyi e Tatá Oliveira

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Tudo, Menos Uma Crítica

textos reflexivos de Fernando Pivotto sobre teatro que são tudo, menos uma crítica